sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Massagem Tantrica - Paula Fernanda 

Sexo não é uma experiência genital. 

É uma jornada de todo nosso corpo - e espírito.  



Você já se pôs a observar quais partes do seu corpo estão ativas e sensíveis enquanto você mergulha em uma experiência sexual? Estou falando não apenas de sexo com alguém, mas também de sexo com você mesmo, de quando se toca, ou do que chamamos de masturbação.

Talvez você esteja achando essa pergunta estranha… aliás, “quem observa algo quando está fazendo sexo?”... Sim, é verdade, a maior parte de nós fomos ensinados a desconectar nossa consciência do corpo quando estamos numa experiência sexual, inibidos por emoções como medo, culpa ou vergonha, que acompanharam o pacote de educação sexual que recebemos desde a infância em nossa família, escola, igreja e sociedade como um todo. 

Nesse modelo de educação, aprendemos que nossos genitais, as partes do nosso corpo que mais temos conexões nervosas e que mais nos proporcionam prazer são perigosas, sujas, pecaminosas e devemos evitar tocar nelas, esquecer que elas existem durante quase todo o tempo em que passamos acordados. Assim, quando criança, passamos os dias descobrindo e brincando com o todo o nosso corpo, exceto nossos genitais. Aprendemos, inclusive, a encurtar e limitar nossa respiração, de forma a não estimular a oxigenação e a massagem natural que a respiração completa proporciona aos órgãos genitais. 


Com isso, começamos a conter nossa curiosidade sobre nós mesmos, nosso autoconhecimento, nossa investigação sobre as possibilidades e potências latentes em nosso corpo, a expressão de nossos desejos e nossas emoções. Ficamos condicionados a controlar nossa gargalhada, nosso canto, a limitar nossa liberdade e criatividade, a cercear nossa capacidade de ter prazer.

Mas há um único momento em que fomos autorizados a lembrar de nossos genitais: esse momento é o sexo. Durante o sexo, e apenas nele podemos estar completamente nus. Podemos tocar nossos genitais e deixá-los serem tocados por alguém. Podemos nos investigar, nos conhecer. Então, nessa hora, o que ocorre? Ocorre que precisamos aproveitar todo aquele momento para nos reconectarmos com aquela parte do corpo da qual havíamos nos esquecido. Oras, como poderíamos ter uma experiência tranquila, equilibrada e saudável no momento em que nos conectamos com nosso sexo se nossa energia sexual passou tanto tempo reprimida e forçadamente esquecida?

É aí onde faz sentido uma conclusão que certo dia aprendi: toda repressão gera uma compulsão. A repressão sexual da nossa sociedade é a primeira responsável pela compulsão que vemos em nossa cultura sexual, e isso pode ser percebido no padrão presente na pornografia, no alto índice de incidência de ejaculação precoce e principalmente na desconexão das pessoas com seus corpos enquanto fazem amor. Muitas pessoas fazem sexo com corpos enrijecidos, congelados, envolvendo apenas seus genitais com algum movimento e atenção. E muitas queixas decorrem dessa desconexão entre corpo, emoções e sexo.  Aquela sensação recorrente de vazio ou falta inexplicada após fazer sexo pode ter a ver com a falta de engajamento integral do corpo nessa experiência, pois a livre circulação de nossas emoções é determinada pelo livre movimento corporal. Sim, as nossas emoções estão presentes no nosso corpo, nos hormônios secretados por nossas glândulas, distribuídos através de nosso sangue a todos os órgãos, alcançando, por meio dos nossos nervos, o cérebro, que interpreta essa mensagem como alegria, satisfação e prazer.

A verdade é que vivemos uma sociedade onde não só o sexo é reprimido, mas toda a livre expressão corporal. Daí a necessidade de resgatarmos práticas como o yoga, a dança, uma arte marcial e diversas práticas de meditação como um compromisso para desenvolvermos novamente nossa consciência corporal. Além de ganharmos mais saúde, certamente nossa vida sexual ganhará níveis totalmente diferentes de qualidade, principalmente quando aprendermos a usar movimentos e técnicas corporais na arte de fazer amor. Sim! Se você sofre ou já sofreu de ejaculação precoce, isso pode ter a ver com um excesso de energia depositada apenas nos genitais durante o sexo por conta de alguma ansiedade que está depositada em seu corpo e que é ativada quando a ideia de sexo ocorre em sua mente. 

Se você tem dificuldade de chegar ao orgasmo, talvez seja pela desconexão entre seu cérebro e seus genitais, por algum sentimento de culpa ou vergonha somatizados no seu corpo. Se sente dor na relação, isto pode ter a ver com o medo de se entregar, cujas raízes podem estar nos primórdios da infância ou adolescência... 

Muitas pessoas passam anos e até a vida inteira buscando encontrar a solução em livros, ou terapias não corporais e, isto pode ser de grande ajuda. Mas eu quero convidá-lo a usar seu próprio corpo no processo de cura e reconexão sexual. Simples técnicas como respiração, som e movimento - as chaves da terapia tântrica - podem te fazer conhecer um outro nível da sexualidade, de prazer e plenitude que seu corpo tem a te dar. 

Independente se você for homem ou mulher, independente de sua orientação sexual, pode aplicá-las tanto na sua prática solo de auto-toque, onde explora sua capacidade de auto-conexão e autopercepção e também na sua prática compartilhada, quando faz amor com alguém.

Que tal começar com consciência sobre a sua respiração? Experimente simplesmente  prestar atenção em sua respiração, permitindo que preencha a parte mais baixa do seu abdômen conectando seu corpo desde os genitais, passando pelo coração e alcançando a mente. Descongele os quadris e permita que sua pelve se mova em movimentos circulares. Enquanto respira e se move, as sensações e emoções passarão a circular por todo seu corpo, por todos os chakras conforme a biopsicologia tântrica. Nessa hora deixe sua voz expressar as emoções e sensações que surgem do seu corpo. Pode ser um gemido, pode ser um riso, pode ser até mesmo um canto ou um mantra. 

Essas três técnicas são muito mais naturais e espontâneas do que você possa imaginar, mas se no início não for tão simples, faça como um exercício! Aos poucos esses exercícios atuarão como uma autoterapia somática, dissolvendo memórias e padrões antigos e construindo novos que se ancorarão em sua memória corporal como algo natural. Essas três técnicas são um caminho simples e fácil para uma nova dimensão em sua jornada sexual. Genitais, corpo, emoções - toda sua existência aberta para amar e ser amado.

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